A odontologia digital no consultório

A radiografia digital surgiu em 1980 e em 1987 surgiu o primeiro aparelho digital de imagens radiográficas intrabucais. Os exames de diagnóstico por imagem evoluíram bastante nos últimos anos graças ao avanço da tecnologia. Logo, a radiologia convencional tende a entrar em desuso, em vista das vantagens que a radiografia digital oferece.

Para a obtenção de uma radiografia digital, utilizamos o aparelho de raio-x convencional, o que muda é o receptor da imagem. Trocaremos a película de raio-x pelo que chamamos de sensor digital.

Existem três formas de aquisição da imagem radiográfica digital: indireta, em que o filme radiográfico é digitalizado por meio de um scanner ou câmera fotográfica, e as outras duas formas, chamadas de semi-direta e direta, são aquelas obtidas quando o utilizamos receptores digitais.

Receptor semi-direto e direto:

Placa de fósforo – PSP Photostimulable Phosphor Plate – é considerado um sistema semi-direto, pois necessita de um scanner para ler a imagem depois da tomada radiográfica. É um sensor flexível, fino e se parece mais com um filme radiográfico convencional.

Sensor sólido – CCD Charge Coupled Device – é considerado um sistema direto, ele possui um cabo diretamente conectado ao computador. Logo após a tomada, a imagem já está na tela do computador. Ele é rígido, possui uma espessura consideravelmente maior que a placa de fósforo e pode causar um maior desconforto na hora do exame, apesar de ser um exame bem rápido.

Geralmente usamos posicionadores e também plástico de proteção para evitar contaminação cruzada.

Radiografia convencional:

  • alta dose de radiação requerida;
  • grande variação na qualidade da imagem obtida;
  • tempo para o processamento radiográfico longo;
  • utilização de produtos químicos tóxicos ao meio ambiente;
  • necessidade de um local próprio para o processamento radiográfico;
  • impossibilidade de modificação depois da imagem adquirida.

Radiografia digital:

  • Menor exposição do paciente à radiação – redução de até 80% da dose
  • Rapidez na aquisição da imagem.
  • Permite o uso de ferramentas como ampliação, contraste,
  • brilho, filtros e mensurações.
  • Menor contaminação do meio ambiente devido à eliminação das soluções químicas utilizadas para o processamento.
  • Redução da repetição do exame por erros no processamento.
  • Armazenamento da imagem por tempo indeterminado sem deterioração da qualidade
  • Agilidade no compartilhamento das imagens entre Cirurgiões-Dentistas
  • Possibilidade replicação de cópias para envio ao plano de saúde, sem perder o arquivamento do paciente.
  • Por último, porém não menos importante, ausência da necessidade de um negatoscópio (que na realidade de muitos serviços, conhecemos como janeloscópio).

Grande parte dos serviços de radiologia já implantou os equipamentos digitais. Agora, vemos uma crescente de cirurgiões-dentistas aderindo também a essa nova tecnologia em seus consultórios.

A radiologia digital auxilia o dentista a fechar o tratamento com maior facilidade, uma vez que pode-se ampliar a imagem em um monitor e mostrar ao seu paciente facilitando o seu entendimento sobre as alterações encontradas, justificando a necessidade do tratamento.

A radiologia digital pode agregar valor aos seus serviços, qualificá-los e ainda gerar economia com essa mudança.

Bem-vindo à era digital!

Dra. Luize Lança

Fontes:
https://tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/05/Radiografia-Digital-na-Odontologia.pdf
https://en.wikipedia.org/wiki/Digital_radiography
https://spdata.com.br/voce-sabe-a-diferenca-da-radiologia-digital-para-a-convencional/
https://lojadabi.com.br/conteudo/ver/21/placa-de-fosforo-x-sensor-digital-entenda-a-diferenca

 

Foto Luuize-min

Dra. Luize Lança 
Radiologista, ecoresponsável e parceira da Radiomemory.